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Prototipagem Rápida de Joias

Hoje, veremos como a Prototipagem Rápida de Joias funciona e como podemos aliar essa tecnologia a fundição por cera perdida, uma técnica tradicional da joalheria.
 
A prototipagem rápida de joias possui duas técnicas principais: a subtrativa, onde extraímos o material, de um bloco de cera por exemplo, dando forma à joia criada. A máquina utilizada é, normalmente, uma fresadora CNC. Essa é uma técnica conhecida e que também é usada na produção direta no metal, não só na prototipagem. Falarei mais dela em outro post.
 
A segunda técnica é a que vamos abordar aqui.

Prototipagem rápida de Joias com Impressora 3D

A próxima técnica é a aditiva, ou seja, o material é adicionado em camadas que se fundem e geram o sólido, a peça pronta. A máquina utilizada é uma impressora 3D.

São várias tecnologias e materiais, porém, a tecnologia mais utilizada na joalheria é a Estereolitografia, sigla SLA, que utiliza uma resina líquida fotossensível.

O termo prototipagem rápida ficou mais conhecido assim que as impressoras 3D começaram a surgir. Apesar de muito utilizado, esse termo não compreende tudo que uma impressora 3D pode fazer.

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Impressora 3D para Joias - Asiga

Hoje, o termo manufatura aditiva é o mais aceito, pois com as impressoras 3D é possível produzir produtos de consumo final ou, citando a joalheria, podemos produzir em resina calcinável, várias peças já aprovadas.

Elas serão utilizadas como se fossem peças de cera que injetamos nos moldes. Ou seja, as peças impressas em 3D vão direto para a árvore de fundição. Vamos entender como isso funciona mais à frente.

Prototipagem rápida de joias - Passo a Passo

Para ter uma ideia de tudo que uma impressora 3D pode fazer precisamos, primeiro, entender o processo que ocorre antes.

Ou seja, o que é preciso para fazer uma impressora 3D funcionar e termos uma peça 3D impressa. Desde a criação ou esboço até a impressora ter as informações que serão utilizadas para produzir a peça.

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1º Passo – Um desenho ou arquivo 3D é criado utilizando um software 3D, como o Rhinoceros, por exemplo. É o que chamamos de modelagem 3D de joias. Esse arquivo pode ser feito a partir de um esboço do designer ou criado diretamente no Rhino.

2º Passo- Depois de pronto, esse arquivo tem que ser preparado para a “leitura” da impressora 3D. Precisa ser feita uma análise da malha tridimensional e a confirmação de que é um sólido fechado,  sem partes abertas ou desunidas. Em seguida, será exportado para a extensão .stl, a mais utilizada pelas impressoras 3D.

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Anel criado no Rhino pronto para gerar o .STL
  • 3º Passo – O arquivo .stl precisa ser aberto em um software de slicer, ou seja, um fatiador. Nesse software serão colocados suportes, que são apoios para que seja possível a impressão. Em seguida, a peça e os suportes passarão por um processo de fatiamento, ou seja, será dividido em camadas. O slicer também simula a mesa de impressão, assim as peças podem ser organizadas na área disponível de impressão.
  • 4º Passo – Esse arquivo fatiado vai para a impressora 3D, por um cartão SD ou pen drive por exemplo. Algumas impressoras são conectadas no computador e outras não.
  • 5º Passo – A impressora 3D vai realizar a leitura do arquivo e expor a resina à luz conforme as informações de camadas geradas. Assim, vai curando a resina, camada a camada. As impressoras de joias usam resinas de vários tipos, que podem ser usadas para prototipagem ou para produção.
  • 6º Passo – Para a maioria das resinas é necessário um processo de pós-impressão. Assim que terminada a impressão, a peça é retirada da mesa e encaminhada para a  fase de lavagem para retirada do excesso. Em seguida, a peça é exposta à uma nova fonte luz UV para a pós-cura da resina.
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Joia com suportes no software fatiador
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Impressora 3D funcionando - Formlabs

Prototipagem de Joias 3D - 3 Opções

Agora podemos entender que a quantidade de aplicações de uma peça impressa em 3D é enorme. Se contarmos com a variedade de resinas que existem temos essa aplicações ainda mais multiplicadas.

E isso tudo focado em apenas uma tecnologia, a SLA. Por isso, a impressão 3D é um dos pilares da indústria 4.0. As vantagens da prototipagem ou da produção direta são incontáveis. Economia de tempo, dinheiro e eliminação de processos.

Diante disso, com uma joia impressa em 3D temos, basicamente, três escolhas:

1 - Protótipo

Para prototipar a joia, você imprime, normalmente, em resina padrão.

Com a peça pronta consegue avaliar fisicamente, conforto, encaixes, tamanho final, dá apoio na escolha dos materiais, processo de produção e até no comercial, pois pode verificar o interesse do público.
Essa é a vantagem da prototipagem, testar sem limites e sem gastar um tempão fazendo tudo a mão.

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Protótipo de Anel

2 - Peça para molde

Para produzir um molde de borracha ou silicone, a peça tem que ser acabada, com a remoção dos suportes e lixamento para o molde ficar perfeito.

Tudo tem que ser pensado, as reduções, tipo de metal a ser usado, se haverá uma pré-cravação, etc. A resina utilizada é resistente à altas temperaturas e torna possível a produção do molde.

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Joia 3D para molde

3 - Peça para produção

O processo inicial para produção é idêntico ao de molde. A resina utilizada é calcinável e o termo fundição por cera perdida já está sendo amplamente utilizado.

A grande vantagem aqui é a possibilidade de fundir peças únicas ou tiragens pequenas. Não precisa investir na produção do molde.

Ela também é perfeita para o processo de pré-cravação.

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Joia 3D para fundição

Prototipagem de Joias - Conclusão

As tecnologias 3D estão revolucionando o mercado de joias. Com elas, a maioria dos processos fica mais rápido, com mais precisão e economia.

A outra vantagem que faz a diferença é a possibilidade de criar peças que antes eram impossíveis. Um prato cheio para os designers criativos e um frescor contemporâneo para os clientes. Todo mundo ganha!

Se você pretende se destacar no mercado é essencial aprender a utilizar essas tecnologias.

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Curso de Rhinoceros para Joalheria

This Post Has 2 Comments

  1. Ivan Clemente

    Meu grande problema é a insegurança de comprar a resina calcinável e o revestimento , que não é barato e deixar de comprar uma vulcanizadora que é certeza de acertar a produção.
    Mas, o que desejo é a fundição direta e não tenho nome de resina e nem de revestimento.

    1. Amanda Rodrigues

      Olá, Ivan! Faz um investimento de cada vez. Sempre vale a pena ter todas as opções. Vou te passar as resinas e revestimentos que indico, lembrando que, dependendo do modelo da impressora e equipamento de fundição que vc tem, precisa ajustar os parâmetros. No curso de impressão 3D ensino a calibrar a resina na sua impressora e todos os detalhes da impressão, já sobre a fundição não tenho curso, normalmente sigo as orientações de rampa do fabricante.
      As resinas que indico para fundição direta são:
      1 – Bluecast xOne (é a melhor, a maioria dos meus alunos usa)
      2 – ResinWorks (3 opções diferentes: Violet, Wax200 e Wax400)
      3 – Wax Pro60
      Vendedores destas resinas no Brasil:
      Ultraresinas – Jorge Emiliano (61) 99669-4515
      Fesmo – Chrystian (12) 98106-0880
      Os melhores revestimentos pra resina são:
      Resincast Rutenium – Bernardo Rutenium (21) 99977-5490
      R&R Plastcast à venda na https://www.fornituravirtual.com.br/revestimentos
      Prestige Optima à venda na https://alcantaradistribuidora.com.br/produto/prestigie-optima-revestimento-premium-para-fundicao-de-resinas/ (o mais usado com a XOne)
      Espero que ajude! Abraço!
      Amanda

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